Papa explica
missão do comunicador católico
"A vossa missão, queridos
comunicadores da imprensa católica, é a de ajudar o homem contemporâneo a
orientar-se para Cristo, único Salvador, e a manter acesa no mundo a chama da
esperança, para viver dignamente o hoje e construir adequadamente o futuro",
explicou o Papa.
O Santo Padre convidou os comunicadores a
renovar a escolha pessoal por Cristo, "buscando aqueles recursos
espirituais que a mentalidade mundana subvaloriza, embora sejam preciosos, na
verdade, indispensáveis".
O Bispo de Roma falou sobre as profundas
transformações interiores pelas quais os meios de comunicação têm passado,
especialmente a questão do desenvolvimento de sempre novas tecnologias e o
risco de noticiar fatos apenas para provocar o espetáculo, e não profundas
reflexões.
"A busca da verdade deve ser perseguida pelos
jornalistas católicos com mente e coração apaixonados, mas também com o
profissionalismo de comunicadores competentes e dotados de meios adequados e
eficazes. Isso se torna ainda mais importante no atual momento histórico, que
exige da própria figura do jornalista, enquanto mediador dos fluxos de
informação, mudanças profundas", afirmou.
Nesse contexto, a imprensa católica seria chamada
a expressar suas potencialidades e dar as razões de sua missão de seguir a
estrada mestra da verdade.
"A Igreja dispõe de um elemento facilitador,
considerando que a fé cristã tem em comum com a comunicação uma estrutura
fundamental: o fato que o meio e a mensagem coincidem;
de fato, o Filho de Deus, o verbo encarnado, é, ao mesmo tempo, mensagem de
salvação e meio através do qual a salvação se realiza".
Por fim, Bento XVI alertou que o desafio
comunicativo exige um grande compromisso por parte da Igreja.
"Os cristãos não podem ignorar a crise de fé
que afeta a sociedade, ou simplesmente confiar que o patrimônio de valores
transmitidos ao longo dos séculos passados possa continuar a inspirar e plasmar
o futuro da família humana. A ideia de viver 'como se Deus não existisse'
mostrou-se deletéria: o mundo tem necessidade, mais do que tudo, de viver 'como
se Deus existisse', ainda que não tenha a força de acreditar, sob a pena de que
isso produza somente um 'humanismo desumano'".
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