Igreja em festa

Celebremos com grande júbilo as canonizações de 

João XXIII e João Paulo II

A Igreja está em festa! Neste domingo (27) domingo da Festa da Divina Misericórdia, algo nunca jamais visto acontecerá no Vaticano e, os olhos do mundo inteiro vão ver, olhar e se emocionar com a canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II e mais, dois Papas vivos para presidir e concelebrar respectivamente este momento histórico: Papa Francisco e Papa Emérito Bento XVI.

Com a decisão de canonizar esses dois grandes Papas da história da Igreja, nosso Pastor maior, Papa Francisco reconcilia duas visões da Igreja e consegue balancear o culto à personalidade suscitada pelo conservador e carismático pontífice polonês.

Vale ressaltar que ambos os Papas (João XXIII e João Paulo II) revolucionaram o catolicismo no Brasil. As ações implementadas por João XXIII permitiram que a língua portuguesa fosse incorporada aos ritos do catolicismo, consequência do Concílio Vaticano II. Já João Paulo II, nas três visitas feitas ao país, levantou diversas bandeiras sociais, entre elas a dos direitos humanos, em 1980, quando o Brasil ainda vivia uma ditadura militar. O primeiro, progressista por adaptar a instituição milenar ao mundo da época, imerso na Guerra Fria. O segundo, usou e abusou da mídia para chamar a atenção do público, da juventude e também de políticos. Porém, era considerado conservador.

A decisão de canonizar João XXIII (Angelo Giusepe Roncalli) sem comprovação de milagres não é tomada com frequência, mas corresponde a uma prerrogativa do chefe da Igreja Católica, que quis, assim, valorizar o exemplo do chamado "Papa Bom", autor da encíclica "Pacem in terris" ("Paz na Terra"), e equilibra de certa forma a veneração provocada pelo polonês João Paulo II (Karol Wojtyla). João XXIII entrou para a história como o pontífice que convocou o grande Concílio Vaticano II (1962-1965), que abriu a Igreja ao mundo ao modernizá-la. Foi uma pessoa simples e de bom humor, uma atitude parecida com a mantida atualmente por seu sucessor Francisco, primeiro Papa latino-americano e primeiro jesuíta à frente do Vaticano.

A morte de João Paulo II em abril de 2005 desencadeou o grito espontâneo da multidão reunida na Praça de São Pedro para que fosse declarado "Santo Súbito". A canonização do primeiro papa polonês da história é realizada em um prazo recorde, embora tenha seguido todos os passos exigidos pela Igreja, entre eles a demonstração, segundo a Igreja, de dois milagres, um deles realizado no dia de sua beatificação, 1º de maio de 2011, com a cura inexplicável da doença de Parkinson de uma mulher da Costa Rica.

Os caminhos da santidade foram muito diferentes para os dois Papas.

A ideia de uma "Igreja dos pobres", que foi a principal proposta de João XXIII com o Concílio Vaticano II. Francisco, em seu primeiro ano de pontificado, voltou a construir algumas pontes com a Teologia da Libertação, que havia sido marginalizada nos tempos de João Paulo II e Bento XVI.

A dupla canonização convida a apreciar e a venerar dois modelos de religiosos, tanto por seu modo de agir quanto de pensar, apesar da rivalidade histórica entre setores conservadores e progressistas no seio da Igreja.

Ironia da história, no ano 2000 João Paulo II beatificou (passo anterior à canonização) João XXIII.

Cerca 1 milhão de peregrinos são esperados em Roma neste fim de semana para a cerimônia de canonização dos papas João Paulo II e João XXIII, que será realizada a partir das 10h locais (5h de Brasília) na Praça São Pedro, no Vaticano. Segundo a segurança, até 3 milhões de fiéis podem ir ao Vaticano. 

Os canais católicos de televisão do mundo todo, inclusive os do Brasil transmitirão ao vivo e/ou em flashes e reportagens especiais durante a cerimônia. Nós, brasileiros, podemos acompanhar este momento histórico através de alguns canais como: Rede Aparecida de Comunicação (TV Aparecida), Canção Nova, Rede Vida e Século 21.

Viva SÃO JOÃO XXIII

Viva SÃO JOÃO PAULO II

São João XXIII e São João Paulo II, rogai por nós!