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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Artigo da Semana - Palavra do Pároco

Mês de junho...

Mês de festas juninas nas escolas, comunidades, nas igrejas católicas e em alguns grupos de amigos... Mas de onde vem esta tradição? Como chegou aos nossos dias? Porque gostamos de festejar estes dias?

A festa que teve origem na idade média na celebração dos chamados santos populares (Santo Antônio, São João e São Pedro). Além de São João, comemorado no dia 24, os outros são, São Pedro (no dia 29) e Santo Antônio (no dia 13). Em Portugal, as festas dos três marcam o início das festas católicas por todo o país. E, como fomos colonizados pelos portugueses, acabou por trazer estas para o nosso Brasil brasileiro que virou uma mistura de raças... As roupas lembram as vestimentas do povo da “roça” festejando suas colheitas fartas e agradecimentos aos santos por terem intercedido para que a natureza fosse generosa para com os plantios.

No começo eram chamadas de “joaninas”, com referência a São João e depois junina lembrando o mês. Em vários países se celebram as festas juninas que são encontros entre as pessoas... Desde sempre existe a alegria do encontro de quem se dá bem e isso é vantajoso demais! Pena que nossos encontros estão cada vez mais se escasseando por causa das tecnologias que deveriam encurtar distâncias, mas acabam por afastar as pessoas pelo mau uso que fazemos delas. Hoje raramente se vê gente conversando “cara a cara”; já que tem o “zap zap” ou o “face” e outras coisas que me fogem da memória... Infelizmente estamos perdendo a alegria do encontro e, mesmo quando o fazemos lá estamos com o “tele móvel” à mão... Quando não se está com dois ou um com vários “chips”. Os encontros estão sendo mais desencontros que tudo, pois se perdeu o face a face; olho no olho e se vai distanciando cada vez mais se perdendo assim a alegria de estar sempre juntos... Não tenho uma receita pronta para se reencontrar, mas creio que o início deva ser começar a desligar estes “celulares” quando estamos perto e, como dizem alguns psicólogos: é preciso olhar no olho para entender a pessoa.

Alguém que é assim é Dom Maurício que parece adentrar em nossos pensamentos quando conversa com a gente... Uma pessoa que quer conhecer a outra tem que olhar no olho; não que você vá ficar como que hipnotizando o outro, mas conversa olho a olho é mais verdadeira. Se continuarmos assim “tecno lizados” corremos o risco de nos isolarmos ou adquirirmos aquelas máquinas fictícias que levam a gente a ter as sensações do encontro para suprir nossas necessidades e carências. Aproveitemos estas festas juninas para nos encontrar. Aproveitemos cada espaço de tempo, neste tempo desesperado que temos hoje para esbarrarmos uns com os outros sem a violência que as “trombadas” por vezes ocasionam.

Já está difícil andar devagar, pois o tempo não é mais o mesmo... Mal dormimos e já estamos acordando; porém creio que se deva aproveitar cada tempo lembrando que ele é único e que não volta mais. Com o pouco tempo que me resta (risos) fica o desejo de que você receba um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no abraço de José em seu coração.

Em tempo... Pe. Delair Cuerva,fmdp

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