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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Palavra do Pároco

Acho incrível como nós, seres humanos, agimos com as pessoas...
Se a pessoa dá atenção já queremos mais... Tipo como minha mãe dizia: se dá a mão quer o braço e se dá o braço quer o pescoço... Se não se dá a atenção que se quer, na hora que se quer e como se quer já encontra motivos para chantagens emocionais ou sente até depressão porque a pessoa que se quer não é como se quer... Cansa isso viu?
Incrível como se busca sempre estar no topo... Na “crista da onda”... O mundo tem que ser daquela forma que se quer e ai de quem não realizar os desejos insondáveis do rei ou da rainha que teima em existir dentro de nós...
Também acho incrível como tem gente que deixa de pedir as coisas ou de dizer o que sente e precisa para depois “detonar” a pessoa que não gosta... Achando motivos de brigas ou de sentir-se ou fazer-se o ser mais sofrido do mundo... E aqueles que, por não gostarem de outrem, arrumam todos os defeitos para o ser que não se gosta?
Virgem Santíssima, como nós somos, não é mesmo? O ser humano tem tanto a maldade em si que se um não gosta de outro se juntam para destruir um terceiro que seja desafeto dos dois para depois se separarem e voltarem ao embate; ao duelo dos dois... Que coisa doida e doída!
Coisas absurdas a gente vê nesta vida e imagine o que ouvem os ouvidos do padre... Melhor nem tecer comentários sobre tais “coisas”... Sorte que a gente nem lembra o confessor e nem pode lembrar, mas que tem atitudes que dá medo... Isso tem.
Muitas vezes, ao ouvir as pessoas conversando estas prosas que não levam a nada, fiquei aturdido ao perceber que estava até gostando da exposição dos defeitos que lá se diziam... Mas parei e me perguntei onde e como aquilo ajudaria ao ser comentado e me dirimi com Deus a vergonha de participar, mesmo que auditivamente, daquele espirito “fofoquistico”.
É... Somos eternos insatisfeitos e sempre queremos mais... Mais cobrando que pagando as dívidas que a gente tem para com o mundo. Não sei realmente onde vamos parar com tanta maldade em nosso coração destruindo as bênçãos e as transformando em maldiçoes... Fazendo do bem dizer um mal dizer e do bem dito algo mal dito e da graça uma desgraça em nossa tietagem de bons e santos seres...
Podemos sim ser melhores, mas quando despertarmos deste sono que parece eterno e que vivemos...
Podemos sim melhorar nossa estadia aqui...Mas quando formos capazes de passar sobre nós mesmos e não sobre as pessoas que nos rodeiam.
Basta tentarmos...
Basta fazermos o máximo possível e poderemos deixar uma marca totalmente boa neste tempo aqui em que vivemos.. Gosto de pensar que as pessoas, a partir de mim, podem recomeçar e bem recomeçar; mas tem que se querer e fazer... Não viver de passado e guardando as coisas... O que passou, passou, ficou para trás... Deixe lá! Vivamos o hoje, pois é este que trará pra nós o amanhã.

Com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no abraço de José:

Pe. Delair cuerva, fmdp

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